Atualmente, a IA é a principal tecnologia para otimizar o gerenciamento do trânsito nas grandes cidades
A inteligência artificial já faz parte do dia a dia das grandes cidades ao redor do mundo, principalmente no quesito mobilidade urbana. Não é absurdo afirmar que, hoje, não existe um bom planejamento urbano nesse sentido que não utilize coleta de dados, integração de informações e IA. Trata-se de todo um ecossistema que utiliza dispositivos IoT para otimizar, principalmente, o gerenciamento de tráfego. Inclusive, esse é a sua maior contribuição para a mobilidade urbana. Mas, não para por aí. Nesse sentido, ainda podemos incluir sinalização inteligente, segurança e informações em tempo real para motoristas e pedestres.
A IA também está presente em diversas aplicações voltadas para a mobilidade urbana. Por exemplo, os aplicativos de transporte utilizam essa tecnologia para otimizar rotas e maximizar o uso dos veículos. O mesmo acontece com os apps de roteamento e planejamento de viagens, que utilizam dados em tempo real, preferências dos usuários, horário e tráfego. Assim como, as soluções da Liquid Works para gerenciamento do estacionamento rotativo público se beneficiam da inteligência artificial.
A tendência para o futuro, não muito distante, é que ela esteja cada vez mais presente, principalmente com o advento dos carros autônomos. Eles “contam com um software com recursos como inteligência artificial, que trabalha em conjunto com sensores e câmeras colocados na lataria. Dessa forma, os sensores, como o LIDAR (que utiliza luz refletida) e ultrassônicos de geolocalização, detectam objetos e outros veículos. As câmeras dão uma visão geral da via e detectam sinais de trânsito e placas. Por fim, o software processa tudo e toma as decisões de trajeto e momento de ação”. (trecho retirado do nosso post Conheça as vantagens e desvantagens dos carros autônomos)
Dubai, Londres, Nova York, Helsinki, Shangai são algumas das cidades que estão entre as que se utilizam da inteligência artificial na sua mobilidade urbana. Melbourne, na Austrália, também é uma delas, mas o seu objetivo principal é beneficiar os ciclistas. Durante a pandemia de Covid, ela viu o número de bicicletas crescer em 600% e para garantir a sua segurança, e dos pedestres, instalou câmeras de monitoramento em tempo real. Assim, com os dados coletados, determina o tempo adequado do semáforo e aciona a emergência em casos de acidentes.
Inclusive, semáforo inteligente é outro item aonde a IA se faz presente. Nesse sentido, a Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburgh – EUA, desenvolveu o software SurTrac, que coordena o fluxo de carros a partir da organização inteligente de nove semáforos em três vias expressas. Assim, resultando em 40% a menos no tempo de viagem, 30% menos paradas e 20% menos emissão de gases poluentes.
Os transportes coletivos também se beneficiam dessa tecnologia. Cidades finlandesas e chinesas estão testando um sistema de ônibus parcialmente autônomo que contam com frenagem preditiva mais segura. Aqui, no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, o BRT conta com um sistema da empresa israelenses Optibus que utiliza IA, algarismos de otimização avançados e computação em nuvem para maior eficiência.
Outra experiência positiva que podemos citar no país é em Londrina – Paraná. A cidade tem utilizado drones para monitoramento do trânsito que auxiliam na tomada de decisão para melhorar o fluxo. Sem contar o Sistema Radar, desenvolvido pelo Serpro, que utilizam IA desde 2017. Segundo seu site “a ferramenta concentra todas as infrações das operadoras de radar e dos agentes em uma única solução. Relatórios geolocalizados estão disponíveis em tempo real para os gestores públicos orientarem as políticas de trânsito da cidade”. Além disso, também facilitou o envio das multas, já que os motoristas passaram a receber por e-mail ou pelos Correios.
Entenda sobre a Inteligência Artificial no nosso post O que a Inteligência Artificial pode fazer?