Veja como a funcionalidade poderá mudar o comportamento de compra das pessoas
Falar é natural ao ser humano, por isso, permitir que dispositivos ouçam e entendam um comando de voz sempre foi uma busca da tecnologia. Apesar de apontar-se como o futuro, assim como o 5G e a Internet das Coisas, a realidade é que ele está mais presente do que nunca. O que veremos nos próximos anos é a evolução dessa funcionalidade, principalmente no que se refere a compras online. Bem como, uma maior presença a nossa volta, inclusive (e principalmente) dentro de casa.
Para se ter uma ideia, em 2019, 49% dos brasileiros já usavam comando de voz em seus smartphones, segundo um estudo da “Latin America Finds its Voice” da agência de marketing digital iProspect. Nesse sentido, a pandemia contribuiu para que isso fosse ampliado, principalmente no que se refere a serviços. Outro estudo, agora da Data Science, apontou que 54% das pessoas passaram a ver mais valor em produtos e serviços que permitiam as interações por voz. Enquanto dois a cada três pessoas teriam interesse em seguir utilizando dispositivos dessa forma.
E os números não devem parar por aí. Segundo a Juniper Research serão 8 bilhões de assistentes de voz em uso até 2023, movimentando um mercado de 80 bilhões de dólares anuais. Em outras palavras, as empresas que investirem em e-commerce com comando de voz tem chances reais de aumentarem suas vendas. Assim como, empresas que investirem em produtos que tragam essa funcionalidade.
Atualmente, estamos vendo a sua popularização, mas, a verdade, é que essa tecnologia data de 1952. Audrey, como foi chamada pelos seus criadores da Bell Labs, era um Reconhecedor Automático de Dígitos (do inglês, Automatic Digit Recognizer). Ou seja, ele “entendia” apenas os dígitos de zero a nove e respondia com uma lâmpada correspondente. Dez anos depois, a IBM desenvolveu o Shoebox. Agora, além dos números ainda reconhecia 16 palavras. Ele fazia aritmética básica e entendia ordens como “mais, “menos” e “total”.
Graças ao financiamento da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos, ao programa Speech Understanding Research, o comando de voz teve um grande avanço. Assim, na década de 70, desenvolveu-se o Harpy, que entendia 1.011 palavras. Mas, foi só em 2008, com o Google Voice Search, que foi apresentado uma solução para processar os dados de forma mais eficiente.
Daí em diante, a evolução foi mais rápida. Em 2010, o Google adicionou reconhecimento personalizado ao Voice Search dos celulares Android. No ano seguinte a Apple lançou a Siri, no iPhone 4s, permitindo que tivéssemos “conversas” mais naturais com o dispositivo, graças a inteligência artificial. Vale ressaltar, que a IA tem grande importância nas melhorias que vemos hoje e nas que virão. Visite o post O que a Inteligência Artificial pode fazer?
A Alexa já mostrou, na prática, que o comando de voz pode ser bem lucrativo. O chamado Voice Commerce é a compra totalmente feita através da fala, desde a pesquisa, decisão de aquisição até pagamento. Acredita-se que isso será o responsável por uma mudança no comportamento de compra do consumidor.
Como o desenvolvimento web, incluindo lojas online (como da Valecross) são um dos braços da Liquid, o Voice Commerce está na mira da empresa. Segundo especialistas da consultoria Gartner, as lojas preparadas para utilizar dessa ferramenta podem faturar 30% a mais que as restantes.
Pode-se explicar isso a partir de diversos fatores. Definitivamente a rapidez e a facilidade estão entre as primeiras. Mas vale destacar também a inclusão. Por exemplo, dados da Insider Intelligence revelam que 41% das pessoas com 65 anos ou mais usam a assistente de voz da Amazon. Além disso, pessoas com necessidades especiais também são atendidas por esses dispositivos. Veja porque a sua empresa precisa ser acessível digitalmente.
A verdade é que o comando de voz veio para ficar, você goste ou não. Mas, é bom lembrar que sempre há a escolha de não o utilizar da funcionalidade. Tanto que desativá-la do seu smartphone é bem fácil.
Google Assistente
Siri no iPhone