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Bicicleta, bonde, patinete, balsa... modais integrados são a solução

Pensar em mobilidade urbana é condição sine qua non para termos um futuro mais sustentável e smart cities onde as pessoas estão no centro das soluções. Aqui no blog da Liquid Works (visite os outros posts) falamos muito sobre ideias e planos, quase sempre visando o amanhã. No entanto, já existem cidades com bons exemplos de mobilidade eficiente que merecem ser estudadas e exaltadas.

Atualmente, existem vários rankings que classificam as localidades, hora destacando a mobilidade ativa, hora o transporte público e, em outros casos, todo o ecossistema de trânsito.  Apesar disso, as cidades que costumam aparecer nessas listagens são quase sempre as mesmas. Afinal, é impossível ser destaque em um quesito sem dar a devida atenção a outros.

Por exemplo, o levantamento digital da empresa de mídia Timeout avaliou 50 municípios para classificar os melhores em transporte público sob a visão de seus moradores. Entre as 10 primeiras ficaram: 10 – Amsterdã, Holanda, 9 – Xangai, China, 8 – Taipei, Taiwan, 7 – Hong Kong, 6 – Singapura, 5 – Estocolmo, Suécia, 4 – Copenhague, Dinamarca, 3 – Tóquio, Japão, 2 – Praga, República Checa, 1 – Berlim, Alemanha. Não coincidentemente,  outro levantamento que ranqueia as melhores cidades englobando toda a mobilidade urbana, o  Urban Mobility Readiness Index realizado pela Oliver Wyman Forum, em parceria com a University of California, Berkeley, tem Amsterdã, Singapura, Estocolmo e Hong Kong figurando nos primeiros colocados. O que esses locais têm de diferentes?

Bons exemplos de mobilidade eficiente - liquid works

Modelos de cidades com mobilidade eficiente

Amsterdã, capital da Holanda, aparece em qualquer lista quando o assunto é mobilidade eficiente, sustentável e ativa. Ela consegue equilibrar os três pilares, então, nada mais justo que comecemos por ela. Graças a suas vias largas e seguras, grande parte do deslocamento é feito por meio de bicicletas e patinetes. Além disso, dispõe de modais integrados via água e terrestre que funcionam 24 horas.

As bicicletas também são a aposta de outras cidades. É o caso de Copenhague, na Dinamarca, onde 40% da população pedala diariamente, e Zurique, na Suíça, onde 42% dos cidadãos se deslocam a pé ou com bikes. O uso delas também tem sido estimulado na Alemanha. Em Stuttgart há linhas de trens munidos de um vagão externo exclusivo para as bicicletas. Bem como uma superciclovia de 60km, sem obstáculos ou paradas, ligando dois centros industriais importantes do país – Dortmund a Duisburg.

Quando o assunto é transporte público, Hong Kong se destaca graças à sua eficiência, acessibilidade e preço justo. Atualmente, é possível percorrer 71% da cidade somente de transporte coletivo e isso tende a aumentar com as novas estações que estão sendo abertas. Estocolmo não fica atrás graças à sua rede de mobilidade limpa com um sistema completo de bondes elétricos, ônibus e balsas.

Outros exemplos

Tem cidades que não figuram no topo da lista, mas têm ótimas soluções que merecem ser reverenciadas. É o caso de Curitiba, aqui no Brasil, com o seu sistema Bus Rapid Transit, que já completou cinco décadas e serviu de modelo a muitos países. Ou Brisbane, na Austrália, com o conceito de “Park and Ride”, que integra estacionamento público com sistemas de transporte coletivo.

Às vezes, pensar “fora da caixinha” também pode ser uma solução. Foi isso que fez Medellin, na Colômbia, quando instalou o sistema de teleférico como meio de transporte público. Além de ser não poluente, de trazer dignidade às favelas, ainda possibilitou que pessoas de diversas regiões pudessem se locomover mais facilmente.

Modificar a mobilidade urbana de uma cidade não é fácil, nem rápido, precisa ser um plano dos governantes, das empresas e da população para dar certo. Mas isso não significa que seja impossível, afinal temos muitos caminhos para se espelhar.

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