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Além dos ganhos ao meio ambiente, o ato de caminhar e pedalar pode fazer bem à economia.

Apesar do termo “pomposo”, o ser humano realiza a mobilidade ativa desde que o mundo é mundo, já que ela é o ato de se mover usando a energia do próprio corpo. Pode ser feita de bicicleta, skate e patinete não motorizado, mas é a caminhada o principal meio de locomoção ativa do homem.  Embora tão antiga, ela tem sido apontada como o futuro da mobilidade urbana das grandes cidades.

Atualmente, podemos afirmar que há um “carrocentrismo” na maneira de se mover, em especial no Brasil, com cidades despreparadas para a mobilidade ativa. Infelizmente, qualquer pessoa que caminha na rua pode constatar os inúmeros obstáculos que vai enfrentar: calçadas pequenas, cheias de buracos, irregulares, pouco acessíveis, semáforos com curto espaço para a travessia de pedestres, poluição do ar e até desrespeitos dos motoristas.

Para os ciclistas, a realidade não é diferente. Ao mesmo tempo que a Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas) mostra que, de julho de 2023 a julho de 24, ciclovias e ciclofaixas cresceram em 7,3% nas capitais brasileiras, o número de mortes é assustador. Dados do Sistema de Informações Hospitalares e do Sistema de Informação de Mortalidade mostram que 13 mil ciclistas morreram nos últimos 10 anos.

mobilidade ativa - Liquid Works
mobilidade ativa – Liquid Works

Mobilidade ativa faz bem à saúde

Tanto a saúde física quanto a psicológica são afetadas positivamente pela mobilidade ativa. Três estudos de impacto sobre os benefícios do uso da bicicleta como meio de transporte, realizados pelo Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap, entre 2028 e 2024, constataram que ciclistas e pedestres tendem a ter mais sensações positivas em seus deslocamentos urbanos.

Além disso, quem se desloca de bicicleta atinge a meta recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 150 e 300 minutos de atividade física moderada por semana. O que resulta em menos incidência de hipertensão, menos mortes por doenças cardiovasculares, diminuição de alguns tipos de cânceres e de diabetes tipo 2.

População mais saudável, menos gastos com a saúde! Foi isso que mostrou um dos levantamentos do Núcleo. Foi considerado um cenário ideal, onde todas as viagens de até 8 km são realizadas por bicicleta, estimou-se uma economia com o tratamento de doenças do aparelho circulatório e diabetes de R$ 34,4 milhões em São Paulo (2018), R$ 18,9 milhões no Rio de Janeiro (2019) e R$ 19,3 milhões em Salvador (2024). 

Mobilidade ativa faz bem à economia

Além dos benefícios a quem pratica, a mobilidade ativa também impacta o meio ambiente (deixando de emitir toneladas de gases poluentes na atmosfera) e até a economia. O  relatório Foot Traffic Ahead, da George Washington University School of Business, mostrou que cidades caminháveis possuem um Produto Interno Bruto (PIB) per capita 38% maior que as cidades voltadas para o automóvel. O estudo do Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap corrobora com esses dados, afirmando que o PIB das cidades pode aumentar caso o potencial ciclístico seja atingido.

Nesse contexto, a atuação da Liquid como agente de inovação em mobilidade urbana reforça a importância de se investir em alternativas que tragam benefícios não apenas ambientais e sociais, mas também econômicos.

Inclusive, a mobilidade ativa, em especial a caminhada, fomenta o comércio de rua, pois cria a oportunidade de compra durante o deslocamento. Uma pesquisa constatou que 66% das pessoas que frequentam a Paulista Aberta fazem compras na avenida aos domingos e feriados.

A mobilidade urbana é todo um ecossistema e, dentro dele, a ativa talvez seja a mais barata em relação à infraestrutura, no entanto, a mais fundamental para construirmos cidades mais saudáveis, humanas e economicamente fortes. Ao repensar a forma como nos deslocamos e valorizar quem caminha, pedala ou utiliza meios não motorizados, damos um passo significativo rumo a um futuro melhor para o planeta.

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