Não ter um ser humano dirigindo pode ser um grande aliado da mobilidade urbana
Como toda nova tecnologia, os carros autônomos têm gerado discussão sobre a sua segurança e utilidade. Principalmente, depois dos relatos mais recentes de acidentes com eles. Nesse sentido, já foram registradas 18 mortes envolvendo veículos equipados com piloto automático. No entanto, há uma série de fatores que contribuem para o sucesso desse projeto.
Primeiramente, precisamos entender que existem cinco níveis de automação. Sendo o zero a ausência total (os carros que dirigimos hoje) e 5, condução totalmente autônoma. Atualmente, a maioria é nível 2. Ou seja, tem algumas funções de assistência, como controle de velocidade e freio automático. Mas, em algum momento, o motorista pode precisar assumir a direção, necessitando sempre estar atento.
Os carros autônomos contam com um software com recursos como inteligência artificial, que trabalha em conjunto com sensores e câmeras colocados na lataria. Dessa forma, os sensores, como o LIDAR (que utiliza luz refletida) e ultrassônicos de geolocalização, detectam objetos e outros veículos. As câmeras dão uma visão geral da via e detectam sinais de trânsito e placas. Por fim, o software processa tudo e toma as decisões de trajeto e momento de ação.
Por exemplo, o software desenvolvido pela Liquid Works, para videomonitoramento de estacionamento rotativo, funciona na mesma linha. A câmera lê a placa do veículo, a informação é lançada no sistema em tempo real. Em seguida, detecta se há ou não o pagamento da tarifa.
Apesar do sensacionalismo em torno dos acidentes com carros autônomos (que proporcionalmente é muito menor que os dirigidos por humanos), eles são mais seguros. Hoje, cerca de 90% dos acidentes são causados por erro humano, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Ou seja, ou os motoristas são imprudentes, ou/e desrespeitam as leis de trânsito. O que não irá ocorrer com o novo modelo.
Outra vantagem, é a redução de emissão de gases poluentes. Reduzirá praticamente a zero, já que os veículos autônomos serão elétricos. Além disso, deve haver a diminuição drástica de congestionamentos. Uma vez que eles se comunicam entre si, poderão organizar de forma mais eficiente o tráfego.
Se o veículo não tem motorista, de quem é a responsabilidade em caso de acidentes? Essa é a discussão do momento. Assim como ela, outras surgirão. O que pode obrigar uma grande mudança na legislação para adequar essa nova modalidade. Em outras palavras, isso pode atrasar o processo de automação em todo o mundo.
No momento, a maior desvantagem dos carros autônomos é o preço. São caros para adquirir, e isso só deve aumentar, e a manutenção irá requerer profissionais altamente qualificados. O que também terá um custo alto. Tanto que, acredita-se, que, no futuro, veículos deixarão de ser um bem pessoal, para se tornar um serviço.