O transporte coletivo continua sendo a principal solução
Neste exato minuto tem centenas de pesquisadores, estudiosos, pessoas do poder público e empresários (aqui podemos incluir a Liquid Works) pensando em mobilidade urbana. Sobretudo, no grande gargalo que o uso de automóveis particulares tem provocado nas cidades.
Estima-se que, até o final de 2022, já existiam 1,44 bilhão de automóveis no mundo. Assim, seria praticamente um para cada 6 pessoas. Esse número não conta motocicletas, veículos de uso industrial e nem tratores. No Brasil, segundo a Secretaria Nacional de Trânsito do Ministério da Infraestrutura, são 60 milhões de carros registrados. Dessa forma, o total da frota passa de 100 milhões, incluindo motocicletas, triciclos e até bondes. Esse último apenas 42.
E esses números só devem aumentar. Para se ter uma ideia, a maior fábrica do mundo, localizada na Coreia do Sul, tem capacidade para construir um carro a cada 10 segundos. Sabemos que esses não são itens descartáveis e devem rodar por uns 10 anos. Em outras palavras, isso significa que, em 2030, serão 1,844 bilhão de automóveis no mundo.
Assustador, não? Não é à toa que, quatro das cinco cidades com a mobilidade urbana ideal apostam em outras formas de se locomover. O ranking foi divulgado pelo Mobilidade Estadão. Entre elas estão:
5 – Singapura: Destaque para o transporte coletivo (com passagens baratas).
4 – Zurique (Suíça): Quatro mil sensores instalados monitorando o trânsito o que decisões sejam tomadas rapidamente.
3 – Amsterdã (Holanda): O uso de bicicletas e leis de trânsito que dão preferência aos ciclistas e aos pedestres.
2 – Copenhague (Dinamarca): União entre transporte coletivo com diferentes modais e uso de alternativas como as bicicletas.
1 – Hong Kong (China): Transporte coletivo, mais precisamente um sistema de trem urbano com mais de 218 quilômetros de extensão, 159 estações e conexões com várias localidades do entorno.
No mínimo, você tem achado estranho o título com “ou não”. Mas, se pensarmos no conceito de meio de transporte coletivo, ele é mais antigo que os carros. Podemos citar aqui as carroças e as jangadas. Ou seja, não tem nada de novo em pensar sobre isso. Tanto que a nossa primeira ideia é o teleférico, criado no início de 1900 e transportando passageiros desde 1929. Mas, também temos algumas mais “modernas” como entrega feita por drones, programa de reciclagem em troca de passagem e até ônibus com jardim.
Confira abaixo:
O teleférico é usado em diversas partes do mundo como um meio de transporte eficiente. Dessa forma, podemos citar Tianmen Shan, na China, Mérida, na Venezuela, e Aiguille du Midi, na França. Um exemplo bem-sucedido é o de La Paz na Bolívia, inaugurado em 2014, conectando a cidade com El Alto. Atualmente, conta com 10 linhas, 37 estações e 31,6 quilômetros.
Aqui, no Brasil, temos o Teleférico do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, que, infelizmente, se encontra desativado. Ele chegou a transportar 20 mil passageiros dia. A boa notícia é que ele está sendo revitalizado e deve voltar a funcionar.
Na Liquid acreditamos que a tecnologia é a melhor aliada da mobilidade urbana. Em todos os níveis. Por isso, nos entusiasmamos com a ideia de entregas feitas por drones, ainda em fase experimental.
A Amazon Prime Air fez um teste em Cambridge, na Inglaterra, num trajeto de 700 metros. Levou em torno de 13 minutos e os objetos entregues eram um Amazon Dire TV e pipocas. Caso seja implementado, diversos veículos de entrega deixarão de circular.
Em 2022, Pequim, na China, deu início a uma campanha para a população trocar garrafas pet por passagem de metrô. Assim, estimulando a reciclagem e o uso do transporte público. A cada 15 garrafas, a pessoa ganha uma passagem válida por todas as oito linhas e 105 estações.
Atualmente, as máquinas para depósitos de pets só estão em duas estações. Mas, o projeto prevê a instalação em todas, bem como, nos pontos de ônibus.
Você não leu errado… é uma rodovia, não uma ciclovia. Na Alemanha será construída uma rodovia de 60 quilômetros de extensão para uso exclusivo de ciclistas. Ele deve ligar Dortmund a Duisburg, dois importantes centros industriais do país.
O bacana desse projeto é que ele não foi pensado apenas para aliviar o trânsito. Mas, também, para diminuir significativamente a emissão de gases poluentes na região. Vale destacar que é um dos locais de tráfego mais intenso do país.
Em um momento que se discute a volta para o presencial, modelos híbridos e até apenas 4 dias de trabalho, as jornadas flexíveis se tornaram uma ferramenta para a mobilidade urbana. Imagine, poder se evitar o famoso “horário de pico”, com grupos se locomovendo nos grandes centros em horas diferentes. Como resultado, menos engarrafamento.
Já tem cidade e empresas pensando nisso. Diminuiria o trânsito nas ruas e diluiria o número de pessoas por transporte coletivo. Isso permitiria um melhor planejamento como um todo.
Aqui, não é propriamente uma ideia para auxiliar a mobilidade urbana, mas o meio ambiente agradece. Em Girona, na Catalunha, existem um projeto, já em funcionamento, que transforma os tetos dos ônibus em áreas verdes.
Criado pelo paisagista Marc Grañen, o objetivo é reduzir a temperatura interna do ônibus e purificar o ar. Além disso, aproveita o espaço livre que hoje é desperdiçado.