Construir cidades mais verdes, acessíveis e humanas, onde a locomoção seja uma oportunidade de conectar pessoas
A popularização dos veículos elétricos trouxe à tona a importância de adotar práticas de mobilidade urbana mais sustentáveis. Com sua promessa de reduzir a emissão de gases poluentes, eles são um avanço significativo. No entanto, para que a mobilidade urbana seja realmente verde, é essencial ir além dos carros elétricos e enxergar um cenário mais amplo, que inclua soluções integradas e centradas nas pessoas.
O conceito de mobilidade sustentável visa “equilibrar as necessidades de deslocamento de pessoas e mercadorias com a preservação ambiental”. E vai além de reduzir emissões: é uma questão de repensar hábitos e priorizar soluções que beneficiem tanto as pessoas quanto o meio ambiente. Nesse sentido, ter um olhar mais abrangente, desde novas tecnologias que consumam menos energia, diminuição da pegada de carbono desde a fabricação de automóveis, novos modais mais ecológicos e maior oferta de transporte público.
Além da questão ambiental, a mobilidade sustentável também está profundamente ligada à inclusão social. Ao criar sistemas de transporte que atendam a diferentes necessidades – sejam econômicas, físicas ou geográficas – garantimos acesso igualitário às oportunidades da cidade. Aqui é mais um caso que a tecnologia pode estar a favor do meio ambiente, por exemplo, aplicativos que integram diferentes modais de transporte, permitem maior eficiência e personalização no deslocamento.
Brasil como líder da transição energética global
Não é de hoje que o Brasil vem procurando alternativas verdes para substituir os combustíveis fósseis. O etanol começou a ser produzido no país em 1933, já em 1975, com o Programa Próalcool, se consolidou o uso do álcool hidratado como combustível. Agora, sancionada em 2024, a Lei do Combustível do Futuro estabelece o aumento da mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel, respectivamente. Isso, na prática, prevê que evitemos a emissão de 705 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) até 2037.
A nova lei vai mais longe, cria programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano. Para os voos domésticos, as empresas terão até 2037 para se adequarem ao uso de combustível sustentável, o que deve reduzir em 10% as emissões de gases do efeito estufa do setor.
Além disso, o programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) amplia as exigências de sustentabilidade da frota automotiva, passando a medir as emissões de carbono “do poço à roda”, considerando todo o ciclo da fonte de energia utilizada. Bem como, estimulando a produção de novas tecnologias nas áreas de mobilidade e logística. Inclusive, impondo índices de reciclagem na fabricação de veículos e cobrança menor de impostos das fabricantes e carros que poluírem menos.
Incentivar práticas de mobilidade sustentável é um investimento em qualidade de vida e no bem-estar coletivo. Para isso, é essencial unir esforços entre governos, empresas como a Liquid Works que desenvolve soluções tecnológicas para mobilidade urbana e a sociedade, criando uma rede integradas que priorize as pessoas e o planeta.